Um vigilante que trabalhava no Tribunal de Justiça respondeu por 13 anos por um assalto à mão armada. Depois de todo esse tempo, ele foi preso e condenado a 6 anos e meio de prisão. Mas uma revisão criminal constatou que elementos do próprio processo comprovavam a inocência dele. E que toda a acusação se baseava em um reconhecimento, sem nenhuma outra prova.
Sidinei de Souza Santos Júnior é negro, pobre, trabalhador e mora na periferia. E é mais um homem com essas características, preso injustamente, que entrou para uma triste estatística.
Sidinei agora está livre, mas vai carregar por toda a vida as marcas dos seis meses no Complexo de Bangu.
“Foi uma coisa muito chata, complicada. Passei vários momentos difíceis lá. Chorei muito. Achava que isso não estava acontecendo comigo. Pensava nos meus filhos, na minha família, mas acreditava que Deus ia me dar a segunda chance, que eu ia conseguir provar minha inocência.”
Foram 14 anos para provar que era inocente. O pesadelo dele começou em abril de 2008.
Um carro a serviço do gabinete de uma juíza de São Gonçalo foi roubado na porta da casa do motorista dela, no bairro Barro Vermelho, também em São Gonçalo.