Cinco pessoas foram presas na tarde desta quarta-feira (3), em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, suspeitas de fazerem parte de uma quadrilha que aplicava o golpe do falso empréstimo bancário. No local, a Polícia Civil encontrou cadernos com dados pessoais das vítimas e roteiros para as ligações dos golpes.
De acordo com o ‘script’, os golpistas se passavam por funcionários de um banco e perguntavam à vítima se ela tinha solicitado algum empréstimo bancário. Caso a pessoa negasse ter feito o pedido, os falsos funcionários diziam para a vítima que ela tinha caído em um golpe e que poderiam fazer a solicitação de cancelamento pelo WhatsApp.
Os golpistas chegavam a passar algumas informações pessoais das vítimas para que elas acreditassem na ação, e diziam que caso algum valor fosse depositado na conta, elas teriam que fazer a devolução.
“O cancelamento é feito através do nosso suporte que é via WhatsApp…Lá o assiste virtual vai estar te orientando sobre todo o passo a passo para efetuar o cancelamento que é feito através do envio de documentação e posteriormente envio de selfie para confronto do documentação do envio para a solicitação, o Sr. está ciente? O Sr. está ciente também que durante o processo de cancelamento algum valor venha ser creditado em sua conta e que ele precisa ser devolvido?”, continha o texto do script usado pelos criminosos.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha aplicava golpes em todo o país. Os golpistas foram localizados através de cruzamentos de dados do setor de inteligência, que indicou uma casa em Itaipuaçu que vinha sendo usada como um escritório improvisado pelos criminosos.
No local, um dos envolvidos recebeu os policiais, permitiu a entrada dos agentes e quando questionado se aplicavam golpes do empréstimo bancário, o homem disse que sabia que estava errado e falaria apenas na presença do advogado. Foram apreendidos no local 34 celulares, 16 chips telefônicos e três cadernos com anotações de dados pessoais das vítimas.
Os dois homens e as três mulheres foram conduzidos para delegacia, pagaram fiança e vão responder pelo crime em liberdade.