O prefeito Wladimir Garotinho optou pelo silêncio em relação a prisão do vereador Bruno Pezão, do PP, seu partido. Além disso, se movimentou para evitar a conexão entre ele e o parlamentar da base governista.
Por sua vez, o diretório municipal do PP emitiu a seguinte nota:
O Partido Progressista acompanha as investigações em andamento e aguarda o desfecho dos inquéritos para tomar qualquer medida necessária, respeitando o devido processo legal. É importante frisar que todos têm o direito à ampla defesa, conforme assegurado por lei. O PP esclarece que não compactua, em nenhuma hipótese, com práticas ilícitas ou com qualquer forma de corrupção. O Partido se mantém firme em sua missão de promover a ética na política e o trabalho em benefício da sociedade, reafirmando seu compromisso inabalável com a transparência, a justiça e o respeito às leis.
Um dia após ser preso em flagrante por lavagem de dinheiro e ser alvo da Operação Pleito Mortal, que investiga o homicídio de Aparecido Oliveira, morto a tiros no último dia 19 de julho, na Baixada Campista, o vereador Bruno Pezão (PP), passou por exame de integridade física, no Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente foi transferido para a Casa de Custódia, em Guarus. Durante a operação, a Polícia Civil recolheu 1 milhão de Reais, entre dinheiro, cheques e notas promissórias.
Operação Pleito Mortal
A operação conjunta foi deflagrada na última quarta-feira (18), e contou com o trabalho da Polícia Civil, o GAECO (O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do MP) e o apoio da SEAP. Foram cumpridos 8 Mandados de Busca e Apreensão em Campos e 1 no Complexo Penitenciário de Gericinó, Bangu, no Rio de Janeiro.
As investigações apuram o Homicídio ocorrido no dia 19/07/2024, na localidade de Campo Novo, figurando como vítima o ex cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moarais, morto dentro de seu veículo com 8 disparos de arma de fogo, sendo 10 estojos calibre .380 e 1 projétil arrecadados no local.
Segundo a Polícia Civil, Aparecido tinha domínio em dois colégios eleitorais, o de Valeta e de Venda Nova, ambos em Campo Novo e, antes de morrer, tinha selado acordo político de apoio ao então pré-candidato a vereador Diego Dias, concorrente de Bruno Pezão.
Ainda segundo as investigações, é de conhecimento coletivo das forças de segurança do Município que o chefe do tráfico da localidade de Campo Novo e Barcelos é o nacional conhecido como Ricardinho, que está preso no Rio de Janeiro há aproximadamente 10 anos. E que Bruno, na véspera do homicídio fez uma reunião política, um comício eleitoral em Campo Novo, no qual há vídeo que o mostra fazendo uma videoconferência com Ricardinho, diretamente de dentro da cadeia, Bangu, e projetando a imagem de RICARDINHO em um telão para os presentes (potenciais eleitores).