
Na audiência pública realizada na segunda-feira (11), a Câmara de Campos discutiu a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, que prevê um orçamento de R$ 2,8 bilhões, um aumento de 4,48% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 2,7 bilhões. Apesar do valor expressivo, o orçamento não contempla reajustes para os servidores públicos municipais, o que gerou críticas por parte dos representantes da classe.
Elaine Leão, presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos de Campos dos Goytacazes (Siprosep), expressou sua insatisfação com a ausência de reajustes para os servidores na LOA. Segundo ela, a falta de reconhecimento aos direitos trabalhistas dos servidores impacta negativamente a cidade como um todo.
“Parece que ninguém percebe que ao prejudicar a vida financeira dos servidores, está prejudicando a vida de Campos. Quando os servidores são afetados, a cidade para de funcionar, é um efeito dominó. Não podemos aceitar mais um orçamento que ignora os direitos trabalhistas. A cidade está sendo destruída, os servidores adoecendo, morrendo… é um desastre”, afirmou Elaine, ressaltando a falta de ação da Câmara Municipal em relação aos direitos dos servidores.
Ano após ano, servidores públicos da cidade têm protestado em busca de reajustes, mas, mais uma vez, o orçamento não contempla qualquer aumento salarial ou benefício.
Os maiores recursos previstos na LOA para 2025 são destinados às áreas de saúde e educação, com R$ 895 milhões para saúde e R$ 600 milhões para educação, mas os servidores continuam sem garantias de melhorias em suas condições de trabalho e remuneração.