
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MPRJ) deflagraram nesta quinta-feira (21) uma operação para combater um esquema de fraudes que causou um prejuízo de R$ 40 milhões ao Banco do Brasil.
Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra 11 suspeitos. Entre os alvos estão funcionários do banco e trabalhadores terceirizados.
Como atuava o grupo
De acordo com as investigações, os criminosos usavam dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos das agências e obter dados confidenciais de clientes.
Os ataques começaram a ser identificados em dezembro de 2023 em agências localizadas nos bairros Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro, no Rio de Janeiro, além de unidades em Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
O grupo atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas entre aliciadores, aliciados, instaladores, operadores financeiros e chefes.
Quem era quem na quadrilha
Aliciadores recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais;
Aliciados forneciam suas credenciais mediante pagamento;
Instaladores conectavam dispositivos aos sistemas do banco;
Operadores financeiros movimentavam valores desviados;
Chefes organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema, incluindo aquisição de dispositivos, aliciamento e execução das fraudes.
Operações anteriores contra o mesmo tipo de crime
No mês passado, a DRF realizou outra operação contra uma quadrilha semelhante que também atuava no Banco do Brasil. Entre os envolvidos estavam um gerente em Mato Grosso, um funcionário de TI e terceirizados.
Em julho, três membros de outro grupo criminoso foram presos por instalar dispositivos no cabeamento de dados de agências bancárias para realizar transferências fraudulentas e furtos de contas de clientes.
*Com informações do G1.