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A tecnologia usada no filme Avatar que vai revolucionar diagnóstico de doenças

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Atualizado pela última vez em: 26 de janeiro de 2023
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Trajes de captura de movimento que dão vida aos personagens do filme Avatar estão ajudando pesquisadores a rastrear o início de doenças que afetam a mobilidade. O novo sistema usa inteligência artificial para analisar os movimentos do corpo. Em muitos casos, quanto mais rápido essas condições forem diagnosticadas, melhores serão as condições para receber o suporte e o tratamento adequados. 
Duas pesquisas britânicas publicadas na revista científica Nature Medicine mediram a gravidade de dois distúrbios genéticos duas vezes mais rápido do que os métodos normalmente usados hoje. Os pesquisadores dizem que o novo método também poderia reduzir muito o tempo e o custo necessários para desenvolver novos medicamentos, porque ele aceleraria as pesquisas clínicas. 
Valeria Ricotti, do hospital Great Ormond Street Institute, disse à BBC News que estava "completamente impressionada com os resultados". "O impacto no diagnóstico e no desenvolvimento de novos medicamentos para uma ampla gama de doenças pode ser absolutamente enorme". Ricotti estava no grupo de pesquisadores do Imperial College e da University College London (UCL) que passou 10 anos desenvolvendo a nova tecnologia. Eles testaram o sistema de análise de movimentos em pacientes com ataxia de Friedreich (FA) e Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) em dois estudos separados. O sistema também pode ser usado para monitorar pacientes com outras doenças que afetam o movimento – desde condições envolvendo o cérebro e sistema nervoso, até as que envolvem o coração, pulmões, músculos, ossos e uma série de distúrbios psiquiátricos.

Como o sistema funciona 
O sistema foi adaptado da tecnologia usada pelos cineastas para capturar o movimento dos atores no primeiro filme Avatar. No cinema, a captura de movimento é usada para ajudar a criar personagens mais realistas com computação gráfica. O professor Aldo Faisal, do Imperial College, foi um dos cientistas que teve a ideia de usar a tecnologia na medicina. "Nossa nova abordagem detecta movimentos sutis que os humanos não conseguem captar", disse ele. "Ela tem a capacidade de transformar os ensaios clínicos, bem como melhorar o diagnóstico e o monitoramento dos pacientes". A FA geralmente aparece na adolescência e afeta uma em cada 50 mil pessoas. Já a DMD afeta 20 mil crianças por ano no mundo todo – a maioria meninos. Atualmente, não há cura para nenhuma das duas condições. 

Um grande avanço 
A equipe do Imperial College testou pela primeira vez os trajes do sensor de movimento em pacientes com FA. Eles descobriram que a inteligência poderia prever o ritmo do agravamento da doença ao longo de doze meses – parece muito tempo, mas é metade do tempo que normalmente levaria o diagnóstico. Já a equipe do hospital Great Ormond Street testou a tecnologia em 21 meninos com DMD com idades entre cinco e 18 anos. O sistema foi capaz de prever como seus movimentos seriam afetados em seis meses com muito mais precisão do que um médico. Os pesquisadores acreditam que o novo sistema pode ser usado para acelerar e reduzir o custo de ensaios clínicos para testar novos medicamentos para uma ampla gama de condições. Com isso, ele pode tornar os testes de novos medicamentos para doenças genéticas raras mais baratos – o que aumenta a chance da indústria farmacêutica investir na pesquisa. "Poderemos testar mais medicamentos com menos pacientes e a um custo menor", explica a professora Paola Giunti, chefe do Centro de Ataxia da UCL. 
No caso da DMD, hoje são necessários no mínimo 100 pacientes ao longo de cerca de 18 meses para obter resultados estatisticamente significativos em relação à eficácia de um novo medicamento. O estudo com o sensor de movimento mostrou que, com esse sistema, o teste clínico poderia ser feito com 15 pacientes em seis meses. Cerca de 6 mil doenças genéticas raras que afetam a mobilidade atingem um número pequeno de pacientes, o que faz com que as farmacêuticas não queiram investir em testes clínicos caros para desenvolver novos medicamentos para tratá-los. 
O professor Richard Festenstein, do Conselho de Pesquisa Médica do Instituto de Ciências Médicas de Londres, disse que a tecnologia do traje, que ele ajudou a desenvolver, tem o potencial de mudar o cenário econômico da descoberta de novos medicamentos. "Isso vai atrair a indústria farmacêutica para investir em doenças raras", disse ele. "O principal beneficiário de nossa pesquisa serão os pacientes, porque a tecnologia será capaz de criar novos tratamentos muito mais rapidamente." Os pesquisadores já estão buscando aprovação para o uso de captura de movimento para testes de remédios para FA e DMD no Reino Unido. Se a aprovação sair, os testes podem começar em dois anos. Eles também estão coletando dados para seu uso com outras doenças como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla. 

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