O Banco Central manteve nesta quarta-feira a Selic na mínima histórica de 2% ao ano, conforme ampla expectativa do mercado e, apesar de reconhecer uma pressão inflacionária mais forte no curto prazo, manteve sua mensagem de orientação futura (forward guidance) e a porta aberta para eventual corte nos juros básicos à frente.
Parte dos agentes de mercado esperava um endurecimento na postura da autarquia após a escalada dos temores fiscais desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 16 e 17 de setembro. O BC, contudo, não fez nenhuma menção mais concreta ao tema.
O Banco Central também frisou que as projeções e expectativas de inflação seguem “significativamente” abaixo da meta para o horizonte relevante.
No seu comunicado, o BC repetiu a avaliação de que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas que “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.