A Polícia Civil concluiu o inquérito das mortes da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, e do seu filho registrado como Hugo, no último dia 2 de março e que chocaram Campos. A primeira audiência na Justiça está marcada para o dia 18 de maio.
A delegada Natália Patrão, que está à frente do caso, concedeu coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (03) e deu detalhes de como o crime foi planejado pelo apontado como mandante, o professor do IFF Diogo Viola Nadai, de 40 anos. Natália revela algo que chamou a atenção desde o dia do crime: Diogo demonstrou ‘frieza emocional’ e esse comportamento levantou suspeita de policiais militares que estavam no Hospital Ferreira Machado, enquanto Letycia ainda era atendida. Em razão disso, os PMs levaram Diogo para a 134ª DP, quando o primeiro depoimento foi prestado e o celular dele apreendido. O motivo do assassinato foi o caso extraconjungal que Diogo mantinha com Letycia. O professor teria resolvido optar pelo casamento com a professora Érica, por isso teria mandado matar Letycia.
A exceção de Diogo, todos os envolvidos são moradores da localidade de Ururaí. Cintia Peixoto, mãe de Letycia, acompanhou a coletiva desta manhã e, ao final, se emocionou e abraçou a delegada Natália .
INÍCIO DO PLANEJAMENTO – Segundo a delegada, o crime começou a ser planejado em fevereiro, antes do carnaval, quando Diogo teve o primeiro contato com João Gabriel, o intermediário entre o professor e os executores. Conforme ainda Natália, Diogo chegou a mandar para o intermediário uma foto do carro da empresa em que Letycia trabalhava, o mesmo que ela dirigia quando levou os tiros diante de sua casa.
DIOGO, LETYCIA E ÉRICA – Diogo se casou com a também professora de química do IFF, Érica, no ano de 2010. Já em 2016, conheceu Letycia e deu início ao caso extraconjungal.
Letycia perdeu um filho do professor na primeira gravidez. Em 2019, sob a justificativa de que havia se separado de Érica, Diogo passou a conviver com Letycia. Para manter os dois relacionamentos, o professor mentia tanto para a esposa quanto para Letycia, inventando viagens e compromissos profissionais.
Erica mentiu em seu primeiro depoimento à Polícia. Ela alegou que mentiu a pedido de Diogo e porque que se sentiu ameaçada.
A moto e arma usadas no crime ainda não foram encontradas.