Com faixas e cartazes, parentes e amigos da família da engenheira Letycia Peixoto Fonseca (31 anos), gestante assassinada no último dia 2 de março, pedem justiça em um ato na frente do Fórum de Campos nesta quinta-feira (18/05). A primeira audiência de instrução e julgamento acontece na 1ª Vara Criminal. Letycia estava grávida de oito meses quando foi morta. Ela chegou a ser socorrida e seu filho Hugo ficou vivo apenas por algumas horas.
Após depoimentos das testemunhas, a Justiça marcará a segunda audiência para o interrogatório dos acusados. O pai de Diogo, que mora no Espírito Santo, já foi ouvido pela Justiça por vídeoconferência. O promotor de Justiça Fabiano Rangel Moreira, do Ministério Público Estadual (MPRJ), denunciou os quatro acusados por homicídio triplamente qualificado contra Letycia e o seu filho Hugo. E também pela tentativa de homicídio contra a mãe de Letycia.
Motivação – A delegada do caso, Natália Patrão, quando fez o pedido de prisão temporária dos acusados, se mostrou convencida de que o professor mantinha há oito anos dois relacionamentos amorosos, e resolveu optar por um deles, por isso teria mandado matar Letycia. Um dos relacionamentos era com Érica, também professora do IFF, a mulher com a qual era casado, e outro com a engenheira Letycia, com quem tinha uma convivência.
Diogo nega e mãe de Letycia revela rotina – A mãe de Letycia, Cintia Pessanha Peixoto, revelou que Diogo se ausentava de casa com frequência por vários dias, sob a justificativa de que fazia viagens internacionais. Para a mãe, o professor já exibia, nos dias que antecederam o crime, sinais de quem planejava algo
DUAS MULHERES POR 8 ANOS – Ao solicitar prisão temporária para o professor, a delegada Natália Patrão, afirma que “com a aproximação do nascimento do filho de Letycia com Diogo, “chegou um momento crucial” para que o professor decidisse o que fazer. De acordo com a delegada, Diogo decidiu matar uma das duas mulheres e optou por Letycia, “eliminando o seu grande problema”.
O CRIME – Letycia estava em seu carro com a mãe, em frente à casa de uma amiga, numa rua do Parque Aurora, quando dois homens numa moto se aproximaram e um deles dispararam contra ela, que chegou a ser atendida num hospital, mas não resistiu. Cíntia, mãe de Letycia, em desespero correu atrás da moto para alcançar os assassinos, mas recebeu um tiro na perna.