“Ele permaneceu em silêncio durante todas as perguntas”, afirmou a delegada Natália Patrão após acareação entre o suposto mandante e o intermediário do assassinato de Letycia Peixoto, de 31 anos, no último dia 02. A vítima estava grávida de oito meses, e seu bebê Hugo chegou a nascer com vida após uma cesárea de emergência, porém não resistiu. A acareação de Diogo Viola de Nadai, companheiro da vítima, e o intermediário do crime Gabril, conhecido como Polar, foi realizada pelo promotor Fabiano Rangel Moreira, na tarde desta segunda-feira (27), na sede do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ/Campos) .
“Ele permaneceu em silêncio em todas as perguntas, não respondeu a nenhuma. Teve uma acareação entre o interlocutor e o Diogo. O interlocutor manteve toda a versão já dada em depoimento na delegacia. Esse interlocutor seria a pessoa que o Diogo supostamente teria contratado para contratar os executores. Os depoimentos estavam em desarmonia entre si. O interlocutor alega uma coisa, mantendo toda a versão. Diogo permaneceu em silêncio e negando. O prazo da prisão será prorrogado, por mais 30 dias e do inquérito também”, afirmou Natália.
A delegada ainda ressaltou que o celular da Letycia ainda não foi desbloqueado e que o laudo do aparelho celular de Diogo está pronto.
O crime ocorreu no último dia 2, quando Letycia chegada à sua em acompanha de sua mãe, que também foi baleada. Ao longo desse tempo, a Polícia prendeu cinco apontados como suspeitos: dois executores, o dono da moto usada no crime, o intermediário da empreitada criminosa e o mandante . Dos cinco presos, quatro estão atrás das grades com prisão temporária decretada. Já o suspeito de intermediário encontra-se em prisão domiciliar.
A delegada Natália Patrão se diz convencida que o professor e companheiro da vítima foi o mandante da morte. No pedido de prisão temporária feito à Justiça, Natália se mostra convencida de que o professor mantinha há anos dois relacionamentos amorosos, e resolveu optar por um deles, por isso teria mandado matar Letycia. Um dos relacionamentos era com Érica, também professora do IFF, a mulher com a qual era casado, e outro com a engenheira Letycia, com quem tinha uma convivência.
Já o advogado Thiago Carvalho, que atua na defesa do professor, afirmou ao Campos 24 Horas que seu cliente continua negando o crime. E o advogado vai além e discute a legalidade da prisão através de um habeas corpus.