O movimento “Reciclando Justiça”, somado a mais quatro cooperativas de catadores de reciclagem de Campos, realizaram na manhã desta quinta-feira (4), uma manifestação pacífica que passou por alguns pontos da cidade, como a praça do Santíssimo Salvador, além da Câmara de Vereadores. Os profissionais reivindicaram a contratação das empresas Reciclar, Cata-Sol , Nova Esperança e Renascer no Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
Érica Borges, presidente da cooperativa Cata-Sol, comentou sobre a não inclusão das cooperativas no Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
O Plano Municipal não colocou as cooperativas como prioridade, ou seja, a coleta seletiva, a destinação do resíduo. A mais de 12 anos estamos tentando que o prefeito que esteja no poder cumpra a sentença. Campos tinha 18 mil pontos de coleta seletiva, hoje só tem 350 pontos, ou seja, nós temos espaço físico para pra gerar trabalho e renda, mas não conseguimos gerar pois simplesmente o nosso município prefere pagar pra aterrar, do que gerar trabalho e renda, e pagar pelo serviço das cooperativas. Hoje a cooperativa Cata-Sol tem um empréstimo com o FUNDECAM pra tapar determinados serviços de outras empresas. Hoje a cooperativa Cata-Sol tem mais ponto de coleta do que grandes empresas. A nossa luta hoje é por reconhecimento, é para que o prefeito cumpra a sentença.
Erica ainda fez questionamentos e reclamações em relação ao trabalho feito por Simone Muniz, atual secretária de Serviços Públicos de Campos.
Eu acredito que toda a culpa do trabalho que não está sendo feito, é por culpa da Simone. O prefeito reuniu todos da secretaria para solicitar atenção ao nosso trabalho. Ele esteve presencialmente na cooperativa Cata-Sol, viu a grandeza do espaço, viu a produção do que a gente pode ter. Mas depois que o prefeito foi embora, todo mundo virou as costas para os catadores. A Simone simplesmente não faz nada… você não encontra a Simone na secretaria para falar de cooperativa, você encontra a Simone em eventos atrás do prefeito, tirando foto. Temos uma secretária que não é técnica… eu acho que ela não poderia estar no cargo. Nós não somos ninguém dentro daquela secretaria. É mais fácil pra secretaria mandar aterrar do que ajudar famílias como a minha.
Entramos em contato a prefeitura, mas até o momento não tivemos resposta.