O ex-vereador Cristiano Girão Matias foi preso em São Paulo na manhã desta sexta-feira (30), em uma operação desencadeada pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro com apoio de agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo.
De acordo com a polícia civil carioca, as investigações apontaram o ex-vereador como mandante do assassinato do ex-policial André Henrique da Silva Souza, conhecido como Zóio, em 2014. O crime teria acontecido por causa da disputa pelo poder da milícia na região da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio.
As investigações também apontaram que o crime foi executado por Ronnie Lessa, também acusado da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018. O PM reformado também foi alvo da ação desta sexta.
Marielle e seu motorista oram mortos a tiros em março de 2018. Ela era vereadora desde 2016, mas em 2008 foi assessora de uma comissão na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a CPI das Milícias, na qual Girão foi indiciado.
Cristiano Girão foi condenado por chefiar uma milícia a 14 anos de prisão e perdeu o mandato de vereador em 2010. Ele cumpriu parte da pena e estava em liberdade condicional.
Um relatório da PF mostra a possibilidade do assassinato ser uma resposta ao papel de Marielle – e de Marcelo Freixo, que presidia a CPI – em sua prisão.
No dia do assassinato de Marielle , Girão passou 10h em uma churrascaria no Rio. Nesse mesmo dia o marido de sua ex-mulher também foi assassinado. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento e alega não ter conhecido a vereadora.