Há 16 anos Anthony Garotinho sonhava com sua segunda disputa pela Presidência da República. Quatro anos antes, em 2002, obteve mais de 15 milhões de votos e ficou em 3º lugar. Na época, filiado ao poderoso PMDB, acreditou que os caciques do partido optariam por ele na disputa.
Teve de tudo: prévias, andança pelo país, greve de fome. Mas no final, o partido largou Garotinho e se aliou a Lula.

Em resumo: Michel Temer, uma águia, “prendeu” Garotinho no partido, aguçou a vaidade do Bolinha, e depois fechou com Lula. Uma baita manobra que enganou Garotinho.
2022 – Agora, 16 anos depois, com um Garotinho mais fraco, que em 20 anos só ganhou uma eleição (deputado federal em 2010), o papel se inverte. Dessa vez Garotinho se deixa ser enganado e finge junto ao União Brasil que é pré-candidato ao governo do estado. No fundo, o ex-ator de teatro sabe que é uma grande encenação, sabe da sua gigante rejeição, e se presta a esse papel para tentar fazer chantagem e pressão.