Ghislaine Maxwell, a mulher condenada pela Justiça americana por ajudar o falecido consultor financeiro Jeffrey Epstein a abusar sexualmente de menores de idade, recebeu nesta terça-feira (28) sua sentença: 20 anos de prisão.
A acabou sendo menor que os 30 a 55 anos pedidos pela promotoria.
Maxwell, de 60 anos, foi declarada culpada em dezembro de tráfico sexual de menores para Epstein.
Seus advogados haviam pedido clemência ao tribunal, alegando uma infância traumática. Alegaram também que ela foi acusada injustamente, uma vez que Epstein escapou do julgamento ao cometer suicídio em uma prisão de Nova York em 2019.
No documento apresentado na semana passada ao tribunal de Nova York, a promotoria argumentou que Maxwell deveria ser sentenciada a entre 30 e 55 anos de prisão, pois demonstrou “total falta de remorso” por seus crimes, escreveu o promotor do tribunal de Manhattan Damian Williams.
“Em vez de mostrar um sinal de responsabilidade, a acusada faz uma tentativa desesperada de transferir a culpa para qualquer outro lugar”, apontou.
“Maxwell era uma adulta que fez suas próprias escolhas. Escolheu explorar sexualmente muitos menores” e “escolheu conspirar com Epstein por anos, trabalhando como parceiros criminosos causando danos devastadores a vítimas vulneráveis”, acrescentou.
Filha do ex-magnata da mídia britânica Robert Maxwell, ela está presa desde 2020.
Durante o julgamento, a promotoria argumentou que Maxwell foi chave no esquema montado por Epstein para recrutar jovens para fazer massagens, durante as quais ele abusava delas.