O Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos, vem sendo alvo de denúncias de falta de materiais essenciais, como cloro, álcool em gel, papel higiênico e papel toalha. Em uma fiscalização realizada na quarta-feira (30), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Siprosep) confirmou a ausência desses produtos e relatou que até os mops para limpeza estão em condições precárias. A presidente do sindicato, Elaine Leão, alertou sobre os riscos à saúde pela falta de material básico de limpeza e voltou ao hospital no dia seguinte, constatando que os itens ainda estavam em falta.
Apesar de o orçamento de saúde de Campos para 2024 ser de R$ 1 bilhão, o maior da história do município, os problemas persistem. O sindicato informou que uma empresa contratada para distribuir os materiais de limpeza não recebeu os insumos, que são fornecidos pela Fundação Municipal de Saúde.
Em um vídeo, Ilcinéia Ribeiro da Silva, paciente internada após sofrer um acidente, denunciou estar em uma maca sem colchão. A aposentada enfrenta problemas nos joelhos e aguarda atendimento adequado no HFM.
A presidente do sindicato, Elaine Leão, reforçou a necessidade de uma solução imediata para garantir condições de higiene no hospital: “É inaceitável que espaços essenciais para a saúde pública estejam sem materiais básicos. Fazemos um apelo urgente às autoridades para assegurar a higienização adequada desses locais, fundamental para a saúde da população”.
Falta de Material para Cirurgias no HGG
No Hospital Geral de Guarus (HGG), a situação também é crítica. Wesley Trindade Ribeiro, de 21 anos, aguarda há mais de um mês por uma cirurgia para retirada de cálculos renais. Sua mãe, Mônica Beatriz, relatou que ele sofre com crises recorrentes que só aliviam com morfina. “Peço socorro, não só para o meu filho, mas para todos que aguardam por cirurgias”, desabafou em entrevista à TV Record.
A reportagem buscou respostas da Prefeitura de Campos sobre os problemas relatados e aguarda retorno.