O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que o jovem Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, foi envenenado por chumbinho pela madrasta Cíntia Mariano Cabral. De acordo com documento, a vítima, ao chegar na emergência do Hospital Municipal Albert Schweitzer, no dia 15 de maio, apresentava baixo nível de consciência, sonolência intensa, estado geral grave, sialorréia extrema (salivação), estertoração difusa (dificuldade para respirar) e cianose de extremidades (ponta dos dedos das mãos e dos pés mais azuladas). Ainda segundo o laudo, se Bruno não tivesse sido atendido rapidamente, poderia ter ido a óbito.
“O exame laboratorial, análise do lavado gástrico, realizado no laboratório do Instituto Médico Legal, revelou a presença de 4 grânulos esféricos diminutos, de coloração azul escura. Forma esta de apresentação de raticida amplamente e clandestinamente comercializado, conhecido como ‘chumbinho'”, informa um trecho do laudo.
Na unidade de saúde, o jovem foi submetido a intubação e lavagem gástrica com carvão ativado, que segundo o perito Gustavo Figueira Rodrigues, promove a absorção do produto tóxico no estômago.