A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura os assassinatos da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, e seu filho Hugo, ocorridos no dia 2 de março, em Campos. As investigações chegam ao fim com cinco presos: os acusados de mandante, intermediário, executores e o dono da moto. No entanto, o professor do IFF e acusado de mandante, Diogo Viola Nadai, de 40 anos, continua negando participação no assassinato. Já Gabriel, de apelido Polar, apontado como intermediário entre Diogo e os dois executores, confessou ter sido contratado pelo professor. Outra confissão foi de Dayson dos Santos Nascimento, piloto da moto usada na execução. Na garupa da moto, estava um menor de inicial F. que se aproximou do carro de Letycia e atirou a queima roupa. A exceção de Diogo, todos os envolvidos são moradores da localidade de Ururaí e Tapera. A Polícia ainda descobriu que, na noite do crime, Diogo chegou a acessar o vídeo da execução num site de notícias de Campos, quando Letycia ainda era atendida no Hospital Ferreira Machado. A descoberta feita por um policial que verificou o celular do professor durante depoimento na 134ª Delegacia de Polícia.
O motivo do assassinato seria um caso extraconjungal que Diogo mantinha com Letycia. A delegada Natália Patrão, que está à frente do caso, no pedido de prisão temporária feito à Justiça, se mostrou convencida de que o professor mantinha há anos dois relacionamentos, e resolveu optar por um deles, por isso teria mandado matar Letycia. Um dos relacionamentos era com Érica, também professora do IFF, a mulher com a qual era casado, e outro com a engenheira Letycia, com quem tinha o caso extraconjungal.
Já o advogado Thiago Carvalho, que atua na defesa do professor, afirmou que seu cliente continua negando o crime. O advogado chegou a entrar com um habeas corpus para que Diogo fosse colocado em liberdade, mas o pedido ainda não foi julgado pela Justiça.
DIOGO FICA EM SILÊNCIO – Diogo se manteve em silêncio diante do acusado de intermediário. Eles ficaram frente a frente durante acareação no Ministério Público Estadual (MPRJ), diante do promotor Fabiano Rangel Moreira. Após três semanas preso, o professor perdeu cerca de 10 quilos. Ele está em um presídio de Itaperuna.