Uma mulher que precisava de cadeira de rodas para se locomover, estava usando fraldas e morava na rua. Essa história é de Niely Alves Fernandes, de 33 anos. Após passar mais de um ano recebendo os cuidados dos profissionais da Casa de Passagem, equipamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social de Campos, ela se recuperou e hoje está trabalhando na rede de supermercados Super Bom.
Além das refeições e moradia oferecidas pelo equipamento, Niely foi amparada com outros serviços, como a regularização de documentos, realização de exames, acompanhamento médico e jurídico. Ela, que também é assistida da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), passou por várias sessões de fisioterapia. Por fim, por ser uma pessoa com deficiência, a Apae conseguiu a vaga da Niely como embaladora em uma das lojas da rede.
Eu queria agradecer muito a equipe da Casa de Passagem por ter cuidado de mim, a Apae também pelos cuidados e ao Super Bom por ter me dado essa oportunidade. Gratidão a Deus, disse Niely.
Eu me emociono com a história da Niely, porque é muito sobre acreditar. Ela chegou na Casa de Passagem sem brilho no olhar, sem andar, não sustentava o tronco, usava fraldas e não conseguia levar o copo de água até a boca. Hoje ela está contratada do Supermercado Super Bom, disse a coordenadora da Casa de Passagem, Rose Pereira.
A Casa de Passagem tem capacidade para 36 pessoas, sendo adultos ou grupos familiares, com ou sem crianças, que se encontram em situação de rua, a Casa de Passagem é um abrigo provisório, em que as pessoas podem ficar por três meses, podendo ser prorrogado por igual período. Os acolhidos são encaminhados pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPoP), que realiza abordagens diariamente a pessoas em situação de rua pela cidade.