Mais de 20 pessoas morreram durante uma operação da Polícia Militar na Vila Cruzeiro, comunidade na Zona Norte do Rio, e regiões próximas.
Segundo a polícia, ao menos 15 eram suspeitos de integrar o tráfico de drogas. Uma vítima era uma moradora, vítima de bala perdida atingida dentro de casa. Os outros ainda não foram identificados.
A Polícia Militar divulgou nomes e fotos de alguns mortos. Já a Polícia Civil informou, na manhã desta quarta-feira (25), que oito corpos já passaram por necropsia, mas ainda não foram identificados. O trabalho dos papiloscopistas pode levar até três dias.
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Veja abaixo quem são os mortos com identidade divulgada pela PM:
- Gabrielle Ferreira da Cunha, 41 anos, vítima de bala perdida dentro de casa, na entrada da Chatuba, ao lado da Vila Cruzeiro. Segundo o porta-voz da PM, Ivan Blaz, o mais provável é que ela tenha sido atingida por um disparo de arma de longo alcance.
- Patrick Andrade da Silva, o PT, nasceu em Duque de Caxias, e completou 22 anos no último dia 4. Segundo a Polícia Civil, tinha passagem pela delegacia, em 2021, por suspeita de tráfico de drogas e associação ao tráfico, e um mandado de prisão preventiva em aberto desde abril de 2021.
- Eraldo de Noves Ribeiro, apontado como chefe de tráfico em Moju, no Pará e morreu em confronto, segundo a PM. Ele teve a prisão preventiva decretada em março de 2016 pelo crime de roubo a banco, na cidade de Moju. Na época, um bando armado entrou atirando na agência que estava lotada, porque era dia de pagamento. Eles usaram reféns para fazer um escudo humano para se proteger da polícia. Os criminosos também fizeram pessoas reféns durante a fuga e usaram uma van, que dá acesso à ponte para Moju, para dificultar o trabalho da polícia.
- Geovane Ribeiro dos Anjos (“ Pinguim Ou Do Gelo”), 27 anos, teve três passagens pela polícia. Em 2014, foi preso suspeito de tráfico de drogas e associação criminosa. Três anos depois, em 2017, outra prisão por suspeita de tráfico de drogas. Já em 2018, Geovane foi detido por suspeita de “ofender a integridade corporal ou a saúde” de outra pessoa, além de resistência à prisão e tráfico de drogas. Tinha mandado de prisão em aberto desde 2015.
- Maycon Douglas Alves Ferreira da Silva (“Maiquim”), 29 anos, teve quatro passagens pela polícia. Em uma delas, em 2019, ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas e associação criminosa. Maycon acabou condenado em junho de 2021 à pena de 6 anos e três meses de reclusão em regime fechado.
- Marcelo da Costa Vieira, 33 anos, acumulou três passagens pela polícia, sendo a primeira delas em 2008, por suspeita de violência contra mulher. O processo foi arquivado. Morador de Petrópolis, na Região Serrana, Marcelo também foi preso em 2014, por suspeita de tráfico de drogas. Contudo, a Justiça absolveu Marcelo dessas acusações. Já em 2019, Marcelo voltou a ser preso por suspeita de ameaça e injúria real. Ele aguardava pelo julgamento do processo em liberdade.
- Sebastião Teixeira dos Santos, 40 anos, morto em confronto, segundo a PM. Conhecido como Juninho da 51 ou Zero, era apontado como um dos chefes da Vila Cruzeiro. Tem registros por associação para o tráfico em 2014, pela 22ª DP, em 2020 pela DRE pelo mesmo motivo, e em 2017, novamente pela 22ª DP por homicídio Qualificado/crime tentado. Possui um mandado de prisão em aberto desde 2015.
- Carlos Henrique Pacheco da Silva, 25 anos, morto em confronto, segundo a PM
- Leonardo dos Santos Mendonça, 29 anos, morto em confronto, segundo a PM
- André Luiz Filho (“Sdq”), morto em confronto, segundo a PM
- Roque De Castro Pinto Junior, nascido no Amazonas, e procurado pela polícia daquele estado por tráfico, porte ilegal de arma e com mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas expedido em janeiro de 2022. Morto em confronto, segundo a PM
- Adriano Henrique Rodrigues Xavier, de 17 anos. Segundo a polícia integrava grupos de assaltantes, era conhecido como Playboy e morreu em confronto. Era natural do Pará. Tinha processos naquele estado por roubo majorado. Seu primeiro processo é de 2016, quando tinha apenas 12 anos.
- Marlon da Silva Costa, 35 anos, conhecido como Déo. Era natural do Pará e, segundo a polícia, morreu em confronto. Respondia também pelo nome de Mauri Edson Vulcão Costa e tinha passagens por tráfico, em 2015, foi alvo da operação Preamar, no Pará, que visava combater pontos de tráfico de drogas e impedir avanço de grupos de criminosos, na cidade de Abaetetuba, e nova passagem por tráfico em 2020.
- Homem não identificado que, segundo a polícia, era criminoso.
- Denis Fernandes Rodrigues, 23 anos, segundo a polícia, tinha passagem por tráfico.
- Isaías Vitor Marques Nóbrega, 22
- Anderson Souza Lopes, de 18 anos
- Diego Leal de Souza, de 32 anos
- Nathan Werneck Borges Lopes, de 21 anos
Feridos
- Edson Ferreira da Costa, conhecido como Chapoca, de 41 anos, que segundo a PM tem passagem por tráfico e é evadido do sistema prisional.
- Kleber do Prado, de 23 anos
- Karla Karoline da Silva Rua, de 18 anos, segundo a polícia é mulher de Deo, morto na operação
- Luiz Adelino dos Santos Filho, de 42 anos
- Sérgio Silva do Rosário, de 47 anos, policial da DHC ferido por estilhaços.
- Ryan de Almeida