A advogada Janira Rocha já está a caminho de Brasília para participar, na manhã de quinta-feira (08), da sessão em que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados avalia o recurso de Flordelis (PSD) contra o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética.
A defesa da moça aposta no questionamento ao rito realizado, argumentando que houve impropriedades no processo finalizado com a aprovação do relatório de Alexandre Leite (DEM-SP).
Entre os problemas apontados, estaria a juntada de documentos e provas após a manifestação da defesa, além do estouro do prazo máximo estipulado pelo Código de Ética, limitado a 90 dias.
Mas o documento também entra na esfera política, lembrando que há 50 parlamentares respondendo a ações criminais — sendo que apenas um deles tem 30 processos nas costas.
“Serão instaurados, para cada processo criminal, para cada deputado réu em ação penal, um processo disciplinar por quebra de decoro?”, questiona.
Para Flordelis, seu caso foi usado como uma cortina de fumaça para amenizar a pressão da sociedade sobre a Câmara — e tirar os holofotes de Daniel Silveira (PSL), que teve a suspensão por seis meses aprovada hoje pelo Conselho de Ética.