O Tribunal Superior Eleitoral julga na noite desta terça-feira (8) o pedido de fusão entre PSL e DEM, que resultará na União Brasil, sigla que nascerá como a maior da Câmara dos Deputados, disparada, mas já em iminente processo de esvaziamento. Além de uma anunciada saída em bloco de bolsonaristas e de outros parlamentares, o novo partido ainda está em busca de um rumo na eleição presidencial. O julgamento no TSE é visto apenas como protocolar para oficializar a fusão.
PSL (55) e DEM (26) reúnem 81 cadeiras na Câmara e ficarão bem à frente do segundo colocado, o oposicionista PT, que tem 53. Só que, assim que a Justiça aprovar a criação do novo partido, entre 20 a 30 deputados bolsonaristas do PSL deixarão a legenda, em especial para o PL, partido ao qual o presidente Jair Bolsonaro se filiou. De uma inicial e difícil negociação com Sergio Moro (Podemos) até a recente tentativa de federação com o MDB de Simone Tebet, ou com o PSDB de João Doria, o União Brasil segue sem rumo definido para a eleição presidencial. E a tendência é que o caminho seja exatamente este.
“A tendência é o União Brasil fazer o que fez na eleição passada, quando o Caiado abriu o palanque para mais de um candidato”, afirma o deputado federal Delegado Waldir Soares. O atual presidente do PSL em Goiás e ex-líder do partido na Câmara Federal cita os nomes de Bolsonaro, Moro, Doria e Tebet como possíveis presenças em palanques da sigla em diferentes estados. O partido em Goiás passará a ser presidido pelo governador Ronaldo Caiado, que se posiciona cada vez menos sobre a disputa presidencial, depois do afastamento definitivo com Bolsonaro.
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