Em declaração a apoiadores, nesta segunda-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro insinuou nesta segunda-feira (19) que pode desistir da candidatura à reeleição em 2022 caso o processo eleitoral não seja alterado para o voto impresso.
“Olha, eu entrego a faixa para qualquer um, se eu disputar eleição…Agora, participar dessa eleição com essa urna eletrônica…”, disse em tom misterioso o presidente. Na sequência, Barroso foi o alvo do discurso de Bolsonaro sobre o sistema eleitoral, mas desta vez o presidente acusou o magistrado da Suprema Corte de interferir no Legislativo, onde corre o Projeto de Lei pelo voto impresso, que já está praticamente sepultado pelos deputados.
A declaração é um recuo em relação ao que disse no dia 9 de julho, quando declarou que, se não houvesse a impressão dos votos, poderia não haver eleição em 2022.
“O Barroso foi para dentro do Parlamento fazer reunião com os congressistas. E acabou a reunião, o que vários líderes fizeram? Trocaram os parlamentares pra votar contra o parecer do deputado Filipe Barros, relator do projeto”, completou Bolsonaro, sem apresentar provas.
A fala do presidente, em frente ao Palácio da Alvorada, ainda teve mais uma vez a palavra “fraude” em relação ao processo de votação. Outro ponto abordado por Bolsonaro foi que as urnas eletrônicas serão auditadas dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de “forma secreta”.
Segundo o presidente, os responsáveis por auditar os votos das urnas serão as mesmas pessoas “que liberaram o Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] e o tornaram elegível”.
air Bolsonaro também voltou a atacar a CPI da Covid-19. Ao se referir ao presidente da comissão, o senador Omar Aziz, o presidente chamou o parlamentar de “anta amazônica”.
A fala ocorreu após Bolsonaro negar a existência de corrupção dentro de seu governo e justificar que nenhuma vacina superfaturada foi comprada, embora o os recursos no Ministério da Saúde tenham sido empenhados para pagamento.