Tá Rolando Na Cidade
  • Política
  • Polícia
  • Esportes
  • Economia
Font ResizerAa
Tá Rolando Na CidadeTá Rolando Na Cidade
Search
  • Política
  • Polícia
  • Esportes
  • Economia
Siga-nos
Economia

Medidas contra inflação pesam no bolso dos mais pobres, alertam economistas

TRC
By TRC
Atualizado pela última vez em: 23 de julho de 2022
Compartilhar

Ao combinar redução de impostos com expansão de gastos sociais, a resposta do governo contra os efeitos da escalada inflacionária no bolso dos brasileiros produz distorções na dinâmica de preços com consequências socioeconômicas e monetárias. Os economistas estão prevendo um quadro no qual as famílias mais pobres convivem com preços altos por mais tempo, os juros demoram em voltar a cair e, no fim, a inflação termina 2023 ainda mais alta do que se previa antes das medidas

Embora a desoneração dos combustíveis seja eficiente em derrubar abruptamente o índice oficial de preços, a ponto de a deflação — ou seja, redução de preços — ser consenso no mercado ao IPCA deste mês, o pacote do governo gera pressão inflacionária nos demais produtos, seja por aumentar a renda disponível ou deslocar gastos, seja por elevar a percepção de risco fiscal, pressionando, assim, tanto o câmbio quanto as expectativas de inflação.

Como consequência, enquanto os preços administrados — aqueles regulados pelo setor público, como combustíveis e energia elétrica — caminham para fechar o ano perto do zero, sendo que a deflação é uma possibilidade considerada, os preços livres, aqueles regidos pelas forças do mercado, incluindo alimentação, que tem maior peso no orçamento das famílias de baixa renda, devem mostrar inflação mais persistente e próxima do patamar dos dois dígitos.

“Os preços livres seguirão pressionados, sendo que o ônus maior deve recair sobre os brasileiros mais pobres. Os auxílios trazem, num primeiro momento, sensação de maior poder de compra, mas que num prazo de dois a três meses é consumida pela inflação”, comenta a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta. “Para as pessoas de classe média, a tendência é que a desinflação seja mais percebida, já que o teto do ICMS causou redução significativa dos preços da gasolina [consumida por essa camada da população]”, acrescenta a economista.

Auxílios devem ir para o consumo e pressionar preços

Com a criação e ampliação de auxílios a famílias carentes, caminhoneiros e taxistas a partir da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos benefícios, também conhecida como PEC dos Benefícios, o governo injeta na economia R$ 41 bilhões que, pelas restrições financeiras do público beneficiado, devem se converter totalmente em consumo. É de se esperar, assim, pressão sobre os preços. Entre os resultados previstos por economistas, esses recursos podem fazer com que a inflação continue alta nas regiões do país mais dependentes de programas sociais.

A inflação dos serviços, já em aceleração e a qual o Banco Central (BC) é sensível nas decisões sobre os juros, tende também a ganhar novo impulso, não apenas pela renda adicional gerada pelo pacote, mas também pela possibilidade de a economia com os combustíveis, agora mais baratos, ser direcionada a gastos em restaurantes, salões de beleza e viagens, entre outros

A depender de como a conta é feita e das variáveis consideradas, as estimativas de economistas variam bastante, indo de impactos marginais, praticamente desprezíveis, à eliminação de quase toda a contribuição vinda do corte de impostos estaduais, dado o teto do ICMS, e federais aplicados nas vendas de gasolina e etanol. Há, porém, consenso na avaliação de que o pacote de bondades anula, no mínimo, os efeitos secundários — isto é, o repasse aos demais produtos — da redução do ICMS da energia, onde o imposto estadual também passou a ter um teto de 17%.

Estrategista de inflação da Renascença DTVM, Andrea Angelo lembra que a liberação de recursos a populações com alta propensão a consumir, como a antecipação do décimo terceiro salário a aposentados e a autorização de saques de até mil reais do FGTS, ajudou a dar um fôlego aos preços que não estava nas previsões do mercado no início do ano, levando o IPCA ao pico de pouco mais de 12% em doze meses até abril.

TAGS:principal
Compartilhe essa notícia
Facebook Email Copiar link Imprimir
ByTRC
Seguir:
Desde 2016 somos uma equipe técnica que busca trazer informação com credibilidade ao povo campista. Consideramos importante no meio de tantos boatos, oferecer a você, uma fonte de notícias sérias, baseada em fatos checados. Somos o elo entre, você e os acontecimentos.
Notícia anterior Varíola dos macacos vira emergência global de saúde; saiba o que significa
Próxima notícia Com status de uma das maiores estrelas do samba, Wander Pires é apresentado como intérprete do Tuituti em uma grande festa
Leave a Comment

Deixe um comentário Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Últimas Notícias

Casais podem se inscrever para mais uma edição do Casamento Comunitário
7 de julho de 2025
Sem UTI pediátrica em Campos, menina com pneumonia grave é transferida de avião para hospital em outra cidade
4 de julho de 2025
Vereadores de Campos poderão ser reembolsados por uso de carro próprio
3 de julho de 2025
Inscrições para concurso da UENF terminam nesta quinta-feira
2 de julho de 2025

Você também pode gostar

DestaqueCampos dos Goytacazes

Centro de Cidadania LGBTI em Campos é depredado e furtado em ataque noturno

22 de novembro de 2024
Economia

Receita libera hoje consulta a restituição do Imposto de Renda

24 de maio de 2021
Polícia

Vereador Marcus Vinícius Boquinha é alvo de ataque em Duque de Caxias

28 de agosto de 2022
Política

Donald Trump e Joe Biden fazem último debate antes da eleição nesta quinta-feira

22 de outubro de 2020

Customizado por DevJones

Welcome Back!

Sign in to your account

Nome de usuário ou email
Senha

Perdeu sua senha?