RIO DE JANEIRO – É o assunto da cidade de Campos dos Goytacazes, norte do Rio de Janeiro, após ato do prefeito Wladimir Garotinho (PSD), que acatou as exigências dos donos das empresas de ônibus e aumentou a passagem na cidade de R$ 2,75 para abusivos R$ 3,50.
Os gananciosos empresários do setor de transporte ainda não ficaram satisfeitos, e exigiram que o prefeito aumentasse a tarifa para algo “em torno de 4 ou 5 reais”, a pretexto do aumento do óleo diesel (fruto da política de preços da Petrobrás, que aumentou a gasolina em todo o país). Também tiveram a cara de pau de botar a culpa na guerra entre Rússia e Ucrânia.
O sistema de transporte público de Campos sempre foi alvo de constantes reclamações da população. Ônibus inseguros, velhos, lotados e desconfortáveis, que muitas vezes chegam atrasados e não chegam no horário. Campos é o maior município de todo o estado do RJ, ocupando uma área maior que a capital. Fora do centro da cidade, nas periferias e áreas rurais onde vive a população mais pobre, muitos dependem do transporte público para trabalhar no centro da cidade, mas é muito comum faltar ônibus. Quando isso acontece, sobra apenas as vans, menores e mais caras, além de sempre superlotadas.
Por isso, os moradores desses bairros costumam fazer protestos espontâneos e combativos, fechando estradas com pneus queimados e galhos para reclamar da falta de ônibus e das más condições do transporte público.
Muitas pessoas que moram em municípios vizinhos, como São João da Barra, São Fidelis, São Francisco de Itabapoana, Bom Jesus de Itabapoana, Conceição de Macabu, Italva e Mimoso do Sul, entre outros, também trabalham ou estudam na cidade. , que é um importante polo universitário, e também sofre com o aumento das passagens aéreas.
Nos próximos dias, forças progressistas em Campos, como a Unidade Popular (UP), se reunirão para organizar uma atividade para repelir esse aumento de abusos.