Os assassinatos da grávida Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, e do seu bebê Hugo completam três semanas nesta quinta-feira (23/03). Ao longo desse tempo, a Polícia prendeu cinco apontados como suspeitos: dois executores, o dono da moto usada no crime, o intermediário da empreitada criminosa e o mandante. Dos cinco presos, quatro estão atrás das grades com prisão temporária decretada. Já o suspeito de intermediário encontra-se em prisão domiciliar. Ocorre que, a delegada Natália Patrão, que está à frente do caso, se diz convencida que o professor e companheiro da vítima, Diogo Viola Naday, de 40 anos, foi o mandante da morte. Todavia, o advogado Thiago Carvalho, que atua na defesa do professor, afirmou que seu cliente continua negando o crime. E o advogado vai além e discute a legalidade da prisão através de um habeas corpus. Nos últimos dias, os pais do professor também prestaram depoimento à Polícia Civil. Eles moram no Espírito Santo e vieram a Campos para serem ouvidos na 134ªDelegacia de Polícia.
Segundo o advogado, as provas que mantêm Diogo preso são frágeis. Ele acredita que a Justiça pode decidir pela liberdade do professor. “O HC está concluso ao relator, desembargador Cairo Italo França, do Tribunal de Justiça, que pediu informações ao juiz do caso, a fim de que possa dar sua decisão. Todas as vezes que estive com meu cliente, ele negou veementemente qualquer participação no caso”, afirma o advogado.
MOTIVAÇÃO – A Polícia aponta o professor de química do Instituto Federal Fluminense (IFF) e empresário Diogo Viola Nadai como único mandante da morte. A delegada Natália Patrão, no pedido de prisão temporária feito à Justiça, se mostra convencida de que o professor mantinha há anos dois relacionamentos amorosos, e resolveu optar por um deles, por isso teria mandado matar Letycia. Um dos relacionamentos era com Érica, também professora do IFF, a mulher com a qual era casado, e outro com a engenheira Letycia, com quem tinha uma convivência.